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sábado, janeiro 17, 2009

MEMORIAS III

RECORDAÇÃO
Choro...
Por te não ter aqui
Neste momento
Porque te recordo em tudo
E nada sei de ti
Estou no cimo de um monte
Que ambos amávamos
E esse amor
É ainda a corrente que nos liga
Choro...
Por não poder sentir a tua alma
Ver pelos teus olhos
Alcançar o teu pensamento
Como quando eramos um todo
Em dois corpos distintos
Quando a distância não nos separava
Antes nos unia
Mais e mais....
Quando bastava um só olhar
Para adivinhar o que sentiamos
Quando o silêncio
Dizia mais do que todas as palavras
É por tudo isso que choro
Mas choro sobretudo a minha morte
Porque ao perder-te
Perdi também a vida
Vale da Forna
15/7/1977

MEMORIAS II

MORTE



Jurei-te amor um dia, sem saber
Que a minha propria morte decretava
Estava tao longe ainda de poder
Fazer da morte a vida que sonhava


Deitei-te a pensar na minha ida
Tao perto de ti mas ja tao so
Julgei ja estar sarada a minha ferida
Que de tanto sangrar metia do


Adormeci, sonhei, cantando e rindo
Com o amor que nao pensava ser sofrer
Quando acordei, porem, estava chorando
Oh! Meu amor quem me dera morrer


Cansei-me de esperar a felicidade
De ser tua uma noite como queria
Agora sofro so e vou pedindo
A minha propria morte que sorria

05/08/1970







quinta-feira, janeiro 15, 2009

Memorias



Tristes pedacos sombrios
Negros, humidos e frios
Que a terra ja destruiu
Tinham teu nome gravado
Em letras da cor do sangue
Louco mundo os construiu
Pedacos de um sonho vao
Que numas horas felizes
Eu sonhei pensando em ti
Jazem para sempre enterrados
Todos feitos em bocados
Destruidos para mim
Tristes pedacos sombrios
Negros, humidos e frios
Dos sonhos que entao sonhei
Jazem desfeitos na terra
Mas Deus que o amor eleva
Sabe aquilo que enterrei.
24/5/1969

terça-feira, janeiro 13, 2009

Visões
No silencio da paisagem
Oiço a tua voz
Ressoando ainda no meu peito
Palavras que trocamos
Dialogos desfeito pelo tempo
Braços e abraços
Beijos e carinhos
Cortados pela distância dos anos
Regresso desejado
Sempre presente e vivo
A tua presenca
As tuas maos
Os teus olhos
O teu riso claro
O teu sorriso doce
O teu olhar
E confunde-se tudo
Na linha do horizonte
Desfaz-se a visão
Da tua presenca
Vidas antigas
Silêncios, segredos
Vidas antigas de memórias vivas
Regressos ao passado
Experiências vividas
Quentes, ardentes
Que regressaram
Sem querer
Desconhecidas da vontade
Dos prazeres inconfessados
Do desejo sempre sonhado
Da pertença
Sentimentos desenterrados
Agora............
Ainda vivos
Sempre vivos