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segunda-feira, outubro 24, 2005

Serra da Estrela ainda com neve

Saudades
11 – 04 - 2001


Deitada sob um carvalho
Poiso o meu olhar cansado
No verde calmo das ervas
Nas pedras fofas de musgo
Ouvindo o cantar das águas
Do ribeirinho que corre
Desfolhando um malmequer
Olho p’rás nuvens do céu

Beira Alta pedregosa
Imolada pelo fogo
Que queima a alma da Serra
Tira a riqueza do povo

No silêncio desta tarde
Sinto o vento a murmurar
Ao agitar a folhagem
A mosca zumbe ao passar
O Sol quente queima o solo
E a água fresca ao correr
Amortece o meu cansaço
Desta luta de viver

Beira Alta tão amada
Das férias da minha infância
Do cheiro a terra molhada
Das pinhas e dos pinhões
Das lembranças coloridas
Dos pic-nics na Serra
E das horas divertidas
Brincando com meus irmãos


Zica Caldeira Cabral

9 Comments:

Blogger Micas said...

A cada dia gosto mais e mais de ler a tua poesia. Beijinho

11:54 da tarde  
Blogger Manel do Montado said...

Tou com a Micas, cada vez gosto mais de ler a tua poesia e a forma como descreves a terra que amas. Os meus sinceros parabéns por mais um excelente poema e um maior obrigado por nos permitires ler a tua sensibilidade.
Bjokas!

6:31 da tarde  
Blogger LUA DE LOBOS said...

é.... estou completamente em falta contigo, Amiga, nem te visito nem apareço no MSN mas sabes os porquês e espero ser perdoada::)) gostei muito dos teus "escritos" e estás surpreender-me muitooooooooooo
xi coração da sempre
maria

7:04 da tarde  
Blogger Fragmentos Betty Martins said...

Olá Zica

Obrigada pelas tuas palavras deixadas no meu "canto"

Belíssimo poema, que falas de momentos únicos em que a saudade vem - vem como companheira...

Beijinhos

7:39 da tarde  
Blogger João Fialho said...

Oi pessoal. Todos bem?

Neste post gosto especialmente da foto. Sempre gostei de neve e, no entanto, vejam lá, ainda nunca vi nevar, assim em directo, estão a ver?

Qualquer dia (tem que ser no Inverno, acho eu) vou para a Serra da Estrela e só de lá saio quando vir mesmo nevar. Pronto.

Acham bem?

11:08 da tarde  
Blogger Unknown said...

Que lindo. Poesia maravilhosa! Engraçado que quando vejo coisas bonitas da paisagem aqui, logo me lembro de vc e do que escreveria. Mas as vivências são únicas e vc passa toda a emoção na sua poesia. Parabéns, amiga!
Beijoks

12:55 da manhã  
Blogger Menina Marota said...

"...No silêncio desta tarde
Sinto o vento a murmurar..."

...e, eu senti o cheiro da terra molhada, o gosto dos pinhões...o crepitar das pinhas no braseiro, da terra dos meus Avós...

Simplesmente encantador este poema. Adorei. Revi-me nestes momentos...

Um abraço terno ;)

1:43 da tarde  
Blogger Menina Marota said...

ah... esqueci de falar nas imagens! Soberbas! A anterior, então... espantosa!

Jinhos ;)

1:44 da tarde  
Blogger Conceição Paulino said...

doloroso o k andam fazendo ao nosso belo país.Bjs doces

9:30 da manhã  

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