Saudades
11 – 04 - 2001
Deitada sob um carvalho
Poiso o meu olhar cansado
No verde calmo das ervas
Nas pedras fofas de musgo
Ouvindo o cantar das águas
Do ribeirinho que corre
Desfolhando um malmequer
Olho p’rás nuvens do céu
Beira Alta pedregosa
Imolada pelo fogo
Que queima a alma da Serra
Tira a riqueza do povo
No silêncio desta tarde
Sinto o vento a murmurar
Ao agitar a folhagem
A mosca zumbe ao passar
O Sol quente queima o solo
E a água fresca ao correr
Amortece o meu cansaço
Desta luta de viver
Beira Alta tão amada
Das férias da minha infância
Do cheiro a terra molhada
Das pinhas e dos pinhões
Das lembranças coloridas
Dos pic-nics na Serra
E das horas divertidas
Brincando com meus irmãos
Zica Caldeira Cabral
9 Comments:
A cada dia gosto mais e mais de ler a tua poesia. Beijinho
Tou com a Micas, cada vez gosto mais de ler a tua poesia e a forma como descreves a terra que amas. Os meus sinceros parabéns por mais um excelente poema e um maior obrigado por nos permitires ler a tua sensibilidade.
Bjokas!
é.... estou completamente em falta contigo, Amiga, nem te visito nem apareço no MSN mas sabes os porquês e espero ser perdoada::)) gostei muito dos teus "escritos" e estás surpreender-me muitooooooooooo
xi coração da sempre
maria
Olá Zica
Obrigada pelas tuas palavras deixadas no meu "canto"
Belíssimo poema, que falas de momentos únicos em que a saudade vem - vem como companheira...
Beijinhos
Oi pessoal. Todos bem?
Neste post gosto especialmente da foto. Sempre gostei de neve e, no entanto, vejam lá, ainda nunca vi nevar, assim em directo, estão a ver?
Qualquer dia (tem que ser no Inverno, acho eu) vou para a Serra da Estrela e só de lá saio quando vir mesmo nevar. Pronto.
Acham bem?
Que lindo. Poesia maravilhosa! Engraçado que quando vejo coisas bonitas da paisagem aqui, logo me lembro de vc e do que escreveria. Mas as vivências são únicas e vc passa toda a emoção na sua poesia. Parabéns, amiga!
Beijoks
"...No silêncio desta tarde
Sinto o vento a murmurar..."
...e, eu senti o cheiro da terra molhada, o gosto dos pinhões...o crepitar das pinhas no braseiro, da terra dos meus Avós...
Simplesmente encantador este poema. Adorei. Revi-me nestes momentos...
Um abraço terno ;)
ah... esqueci de falar nas imagens! Soberbas! A anterior, então... espantosa!
Jinhos ;)
doloroso o k andam fazendo ao nosso belo país.Bjs doces
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