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terça-feira, maio 23, 2006

Campanha contra a venda de sexo

Recebi hoje este email mandado pela minha irmã Ana e que achei importante divulgar neste espaço.
Leiam com atenção:


Campanha "COMPRAR SEXO NÃO É UM DESPORTO!"
A Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres é uma organização não governamental que congrega diversas associações de direitos das mulheres e tem como principal objectivo constituir-se enquanto instrumento organizacional que potencie a intervenção cívica no domínio da defesa e garantia dos direitos das mulheres e da realização da igualdade de género.
A Plataforma está actualmente a colaborar com o Lobby Europeu das Mulheres e com a Coalition Against Trafficking in Women na campanha “COMPRAR SEXO NÃO É UM DESPORTO!”, por forma a expressar a sua preocupação em relação à prostituição e tráfico de mulheres para fins de exploração sexual durante o Campeonato Mundial de Futebol de 2006, na Alemanha.
Assim, vimos por este meio informar que enviámos hoje para o Secretário de Estado da Presidência do Conselho de Ministros, Dr. Jorge Lacão, para o Secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Dr. Laurentino Dias, para a Presidente da Comissão para a Igualdade e para os Direitos das Mulheres, Dra. Elza Pais, e para o Presidente da Federação Portuguesa de Futebol, Dr. Gilberto Madaíl, a carta que abaixo se transcreve exigindo que o Governo Português, a Federação Portuguesa de Futebol e os vários elementos da Selecção Portuguesa - e, em particular, o seu treinador e jogadores - no cumprimento dos seus deveres em matéria de responsabilidade política e social, declarem publicamente o seu repúdio pela exploração sexual e tráfico de mulheres e pela promoção da prostituição durante o Campeonato Mundial de Futebol da Alemanha.
Agradecendo desde já a sua atenção, colocamo-nos à sua disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.

Com os melhores cumprimentos,

pela Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres

Ana Coucello
Presidente






Lisboa, 19 de Maio de 2006

Assunto: Prostituição e tráfico de mulheres para fins de exploração sexual durante o Campeonato Mundial de Futebol de 2006


A Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres é uma organização não governamental que congrega diversas associações que intervêm no domínio da defesa e garantia dos direitos das mulheres e da promoção da igualdade de género. A nível europeu, a Plataforma é membro do Lobby Europeu das Mulheres - a maior organização europeia de defesa dos direitos das mulheres, que coliga mais de 4000 associações de toda a Europa - e desenvolve com esta organização europeia uma estreita colaboração nas mais diversas áreas.

Assim, a Plataforma deliberou associar-se ao Lobby Europeu das Mulheres e à Coalition Against Trafficking in Women na campanha “COMPRAR SEXO NÃO É UM DESPORTO!” e vem por este meio expressar a sua viva preocupação face à prostituição e tráfico de mulheres para fins de exploração sexual durante o Campeonato Mundial de Futebol de 2006, na Alemanha.

Como salienta a petição desta campanha (texto integral disponível no endereço
http://catwepetition.ouvaton.org/),
“De 9 de Junho a 9 de Julho de 2006, 12 cidades alemãs acolhem o Campeonato do Mundo de Futebol. São esperados cerca de 3 milhões de espectadores, na sua maioria homens e estima-se em 40 000 o número de mulheres «importadas» da Europa Central e da Europa de Leste para «servir sexualmente» os milhões de espectadores do sexo masculino. (...)
Prevendo este afluxo, a indústria do sexo alemã erigiu um gigantesco complexo para a prática da prostituição prevendo o «boom comercial» durante o Campeonato do Mundo.
«O futebol e o sexo estão como que lado a lado» declarou o advogado do novo mega-bordel de 3000 m2, estrutura que pode acolher 650 clientes, construídas ao lado do principal estádio do Campeonato do Mundo, em Berlim.”

A Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres
vem, deste modo, juntar-se às mais de 52.000 pessoas e organizações que já assinaram e apoiaram a referida petição, declarando que comprar sexo não é um desporto, mas sim uma forma de exploração sexual e física das mulheres, em que o seu corpo é considerado uma mercadoria que pode ser comprada e vendida. Este tipo de comportamento viola as regras internacionais do desporto, as quais promovem a igualdade, o respeito mútuo e a não discriminação e entra em profunda contradição com as declarações do próprio Presidente da FIFA, J.F. Blatter, que proclama “o importante papel social do desporto, e em particular do futebol, como veículo de transmissão de mensagens claras contra os problemas sociais mundiais”.

O Campeonato Mundial de Futebol de 2006 não deve, portanto, estar associado à exploração sexual e tráfico de mulheres e é fundamental que os diversos intervenientes neste importante acontecimento social e desportivo realizem todos os esforços ao seu alcance no sentido de tornar o Campeonato Mundial de Futebol numa oportunidade de consolidação do combate a estes gravíssimos atentados contra os direitos humanos das mulheres.

A Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres vem, assim, exigir que o Governo Português, a Federação Portuguesa de Futebol e os vários elementos da Selecção Portuguesa - e, em particular, o seu treinador e jogadores - no cumprimento dos seus deveres em matéria de responsabilidade política e social, declarem publicamente o seu repúdio pela exploração sexual e tráfico de mulheres e pela promoção da prostituição durante o Campeonato Mundial de Futebol da Alemanha.

Acresce, que sendo a Federação Portuguesa de Futebol uma entidade de utilidade pública desportiva que beneficia de auxílios estatais maior é a sua responsabilidade no cumprimento dos princípios e valores consagrados na Constituição da República Portuguesa e incumbe ao Governo fiscalizar e impor esse cumprimento.

Por outro lado, uma das mais recorrentes justificações para os auxílios estatais e para o espaço mediático de que desfruta o futebol no nosso País, inclusive no serviço público de rádio e televisão, é o facto de que os seus principais protagonistas – dirigentes, treinadores e jogadores – constituiriam uma referência positiva para as camadas jovens. Esta é uma oportunidade para demonstrarem que, de facto, constituem essa referência.

Em face de quanto antecede, a Plataforma espera naturalmente contar com o seu apoio e aguarda a sua resposta, colocando-se à sua disposição para quaisquer esclarecimentos adicionais.

Com os melhores cumprimentos,

pela Plataforma Portuguesa para os Direitos das Mulheres


Ana Coucello
Presidente

3 Comments:

Blogger Manel do Montado said...

Uma grande medida seria tornar extensiva esta declaração às empresas de escorts de alto gabarito que acompanham VIP’, mas é claro que estas não se denominam prostitutas, são antes acompanhantes (escorts) ou simples decors nos jantares VIP’s, embora, em bom rigor, façam exactamente o mesmo que as prostitutas para a plebe.
Saúdo a iniciativa mas mais uma vez peca pela parcialidade.

1:22 da tarde  
Blogger A. Pinto Correia said...

Saúdo igualmente a iniciativa, embora tardiamente. Pergunto-me cada vez mais que sociedade construimos nós. Onde estão os valores, o respeito, os princípios?
Beijos amiga.
"Ex-LetrasAoAcaso"

10:15 da manhã  
Blogger LUA DE LOBOS said...

olha achas que alguem vai ler esta carta???? eles nem sabem ler.....
xi
maria de são pedro

9:41 da tarde  

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