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segunda-feira, março 30, 2009

Tempo perdido

NARCISO

Precisava de tempo para lamber as feridas da grande batalha que tinha travado e perdido. Não eram feridas no corpo mas na alma.
Mas nao tinha esse tempo. A vida corria depressa de mais e havia sempre urgencias a tratar. Não tinha tempo em para pensar. O que era, talvez, bom. Mas à noite sentia-se vazia, sozinha, abandonada.

Que estranhos são os sentimentos, não obedecem à razão que lhes manda que desapareçam, não têm lógica nem fazem sentido. Mas doem e continuam a doer.

Mas tudo passa e esta dor também vai passar.

quinta-feira, março 26, 2009

Um Passeio a Winkle Sreet.

Winkle Street deve ser uma das ruas mais antigas de Inglaterra. É assinalada no sec VII d.C. e duas das suas casas, com telados de colmo sao dessa época. É monumento nacional e é, de facto, um sitio encantador onde o barulho constante da água a correr descansa e embala o espirito. Convida à meditação mas, também, à alegria com o canto dos passarinhos e a àgua do ribeiro.

Swainston Manor - Uma enorme mansão com este laguinho amoroso no fundo da propriedade que confina com a Winkle Street

O Cawnl Bourne ou como se escreve modernamente Calbourne Stream - o ribeirinho de Calbourne - que passa na Winkle Street, com os patinhos a tomar banho

as duas casas do sec VII juntamente com as outras , maioritariamente dos sec XVIII e XIX





O Ribeirinho com a sua ponte minuscula. Esta parte mais larga era onde lavavam as ovelhas e foi usada para esse efeito ate 1976.











O dia estava lindo e quente, um verdadeiro dia de Primavera e há muito tempo que eu estava para visitar Winkle Street. Talvez por ser muito perto do sitio onde eu vivo e passar lá perto quase todos os dias, ía adiando a visita. Anteontem, tinha lugar para parar o carro lá pertinho, tinha a maquina à mão, estava um dia lindo e não resiti...................fiquei verdadeiramente encantada com o que vi. A rua está vedada ao trânsito a não ser para os moradores e é visita obrigatoria para os milhares de turista que visitam a Ilha no Verão (e nas outras estações tb)






quarta-feira, março 11, 2009

Amarras

AMARRAS
Cortaste as amarras
Que me prendiam a ti
Para mim, cabos de aço
Fortes e firmes
Aguentariam a vida
As tempestades
As grandes ondas da diferença
Para ti, fios de seda
Finos e ténues
Que rebentaram com a distância
Nunca te prenderam
Nunca os sentiste envolverem-te
Agora, os meus cabos
Jazem pendentes
Sangrentos e desfeitos
No cais da vida
E eu, morro um pouco
Todos os dias
O barco afastou-se
Para um horizinte longuínquo
E eu fiquei no cais
Chorando
Ao vê-lo partir sem mim